Sempre fui assim intensa de mais,
objetiva de mais, nunca fui de sonhar com contos de fadas, finais felizes
Talvez por ter me tornado responsavel muito cedo.
Quem olha e ve a garota sorridente, alegre e divertida
não vê a luta que passei para chegar onde estou...
Recomeços... Quantos já houveram, desses vários um me derrubou feio e
só me levantei por que minha mãe precisava de mim ali forte ao seu lado (isso com 13 anos)
Não. Não quero me queixar ou fazer com que sinta pena de mim. Não o meu objetivo
é mostrar que você não deve julgar uma pessoa sem ao menos saber do caminho que ela traçou para se tornar o que ela é hoje.
Talvez por ter chegado aos dois extremos o da alegria e o da tristeza em tão pouco tempo eu tenha
me tornado essa garota extremista, que não sabe amar pela metade,
gostar pela metade ou até mesmo odiar aos poucos.
Aprendi a ser direta em tudo, a não perder tempo com futilidades ou banalidades.
Quando sinto é por que é verdadeiro. Quando digo é por que não cabe mais em mim...
Sim. Sou dessas que guarda o que sente pra sí até quando não der mais. Por que??
Simplesmente pelo medo. Medo de estar impondo algo para alguém ou até mesmo
tirando conclusões precipitadas.
Ninguém tem a obrigação de retribuir na mesma intensidade que eu me dou.
E por ser assim, muitas vezes me fecho, me calo, observo e não falo...
Não nego o que sinto, mas no meu silêncio é onde eu realmente demonstro como estou...
Tento manter o contato, falar dos acasos, mostrar que quero bem,
mas quando a saudade aperta, a vontade abala, enfim
a intensidade me cala...
Queria estar perto, queria que tudo desse certo e queria que meus desejos fossem os mesmos que os teus.
Queria fazer novos planos, falar de sonhos (dos vários que tenhos), planejar realiza-los, mas
nesse vácuo que se formou entre nós não consigo pensar, entender e continuar
muito menos falar
Ainda me pego olhando para o telefone esperando me ligar, até mesmo procurando seu nome,
mas lembro que não vou conseguir falar, e que se discar ele só vai chamar
novamente la vem saudade, vontade e todas aquelas imagens que
saem do peito e molham o travesseiro e
então me vem o sono e ganho um dia inteiramente novo
para viver, sair, esconder e sorrir ...
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